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Mãe só tem duas: 10 mitos sobre dupla maternidade e fertilização

Desvende os mitos e verdades sobre a maternidade entre duas mulheres e descubra como realizar o sonho de ter filhos!

A experiência da maternidade é uma jornada singular e emocionante para muitas mulheres. No entanto, quando se trata de dupla maternidade - um fenômeno que envolve duas mulheres desempenhando papéis essenciais na vida de uma criança - surgem mitos e equívocos que podem obscurecer a compreensão desse processo complexo e profundamente significativo. Ao mesmo tempo, avanços na fertilização assistida e na gestação compartilhada abriram novos caminhos para as famílias modernas, mas também geraram uma série de concepções errôneas.

Neste artigo, vamos analisar brevemente a série “Mãe Só Tem Duas” e mergulhar no mundo da dupla maternidade e fertilização, desvendando 10 mitos persistentes que cercam esse tema. Vamos explorar as verdades por trás desses mitos, examinando os desafios e as alegrias que as famílias que optam por esse caminho enfrentam. À medida que a sociedade evolui e as definições de família se expandem, é fundamental desmistificar esses conceitos errôneos para promover um entendimento mais completo e inclusivo das experiências das famílias que escolhem essa jornada única.

O que é a dupla maternidade?

A "dupla maternidade" é um termo que se refere a casais homoafetivos femininos, ou seja, a união de duas mulheres que estão em um relacionamento e decidem ser mães juntas. Em casos de dupla maternidade, geralmente uma das mulheres se torna a mãe biológica através da gravidez ou técnicas de reprodução assistida, enquanto a outra assume um papel de co-maternidade ou maternidade legal, desempenhando um papel ativo na criação e no cuidado da criança.

Essa configuração familiar desafia as normas tradicionais de gênero e a ideia convencional de parentalidade, demonstrando que o amor e o desejo de formar uma família não estão limitados à heterossexualidade. A dupla maternidade é um exemplo de como a diversidade de famílias está evoluindo e sendo reconhecida na sociedade contemporânea.

Mãe Só Tem Duas: O que podemos aprender com a série?

A série mexicana "Mãe Só Tem Duas" é uma produção original da Netflix que conta a história de duas mulheres, Ana e Mariana, que dão à luz duas meninas no mesmo dia, mas acabam tendo os bebês trocados na maternidade. O erro é descoberto meses depois, e as duas mulheres precisam decidir como vão criar as filhas juntas e acabam se apaixonando.

A série é uma representação emocionante e realista dos desafios e alegrias da maternidade dupla, e também aborda temas importantes como a multiparentalidade e a superação de medos, tabus e preconceitos.

Entre outros fatos curiosos, Ludwika Paleta, a atriz principal da série, passou por um processo de fertilização e teve um casal de gêmeos poucos anos antes de rodar as filmagens. Apesar de a série abordar outros aspectos mais relacionados à maternidade dupla, como é uma figura pública conhecida internacionalmente desde criança, sua história pessoal pode ter inspirado outras mulheres que estão considerando a fertilização in vitro.

Quais os desafios da maternidade homoafetiva?

A maternidade homoafetiva frequentemente envolve desafios únicos e desabafos emocionais. Essas mães podem enfrentar o estigma da sociedade, a falta de compreensão de outros e, às vezes, até a discriminação. No entanto, essas mães também compartilham o amor profundo e o compromisso de criar uma família. Seus desabafos muitas vezes giram em torno da luta por igualdade de direitos, da busca por aceitação e do desejo de proporcionar um ambiente amoroso e seguro para seus filhos, independentemente da composição de gênero de sua família. E, ao enfrentarem esses desafios, essas mães homoafetivas também celebram as alegrias únicas que a maternidade lhes traz, fortalecendo seus laços familiares com resiliência e amor incondicional.

Quais são os mitos sobre dupla maternidade e fertilização?

Há vários mitos em torno da dupla maternidade e fertilização que podem levar a mal-entendidos e estigmatização. Aqui estão 10 mitos comuns:

1 - É impossível para duas mulheres terem um filho biológico juntas

Isso não é verdade. Casais lésbicos podem recorrer à fertilização in vitro (FIV) usando espermatozoides doados ou buscar outras opções de reprodução assistida para ter filhos biológicos, sendo muito frequente a chamada gravidez compartilhada, na qual uma das mulheres engravida com embrião gerado por FIV a partir do óvulo da parceira. Para isso, é importante o contato com um especialista em reprodução assistida.

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2 - A dupla maternidade não é natural

Um dos mitos mais persistentes sobre a dupla maternidade é a ideia de que ela não é "natural". No entanto, a natureza é incrivelmente diversa, e a capacidade de criar e nutrir uma criança não é exclusiva das configurações tradicionais de gênero. A maternidade é sobre amor, cuidado e apoio, e esses elementos podem ser fornecidos por qualquer pessoa, independentemente de sua orientação sexual.

Ademais, a ciência moderna e a tecnologia médica tornaram possível para casais do mesmo sexo conceberem seus filhos. A fertilização in vitro (FIV) e outras técnicas de reprodução assistida tornaram realidade o sonho da maternidade para muitos casais homoafetivos. Portanto, a dupla maternidade é tão natural quanto qualquer outra forma de parentalidade.

3 - A Maternidade é definida pela Genética

A maternidade não é definida pela genética. A maternidade é uma experiência complexa que envolve amor, cuidado e compromisso. Uma mulher pode ser mãe sem estar geneticamente relacionada à criança. Existem muitas maneiras de uma mulher se tornar mãe. Uma mulher pode engravidar naturalmente com um parceiro masculino, engravidar com um parceiro feminino, adotar ou ser uma mãe solo. Em todos esses casos, a mulher é uma mãe. Ela é a pessoa que cuida, ama e cria a criança.

4 - Técnicas de Fertilização são só para casais héteros

Absolutamente não. As técnicas de fertilização não são exclusivas para casais heterossexuais. Elas estão disponíveis para casais do mesmo sexo, casais LGBTQ+ e qualquer pessoa ou casal que deseje ter filhos, independentemente da orientação sexual. As técnicas de fertilização, como a fertilização in vitro (FIV), inseminação artificial e outras formas de reprodução assistida podem ser usadas por qualquer pessoa ou casal que tenha dificuldade em conceber espontaneamente ou que deseje ter filhos de outras maneiras.

5 - É necessário um homem para conceber

Isso não é verdade. Duas mulheres podem ter filhos por meio de técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial ou fertilização in vitro, utilizando banco de sêmen, sem a necessidade de um parceiro masculino.

6 - A fertilização de um casal homoafetivo é mais complexa e demorada

A complexidade varia de acordo com as circunstâncias de cada paciente e sua orientação ou identidade de gênero não a torna mais demorada. Alguns casais podem ter filhos com relativa facilidade, enquanto outros podem enfrentar desafios adicionais devido a outros fatores genéticos e biológicos.

7 - É difícil encontrar um doador de esperma adequado

Existem bancos de esperma nacionais e internacionais que oferecem uma ampla variedade de opções de doadores, tornando mais fácil encontrar um adequado para as necessidades da família homoafetiva.

8 - A sociedade não aceita crianças de casais de mulheres

A aceitação tem aumentado ao longo dos anos, e muitos países têm leis que protegem os direitos das famílias LGBTQ+. O Brasil mesmo possui uma legislação que mudou muito nos últimos anos, justamente para proteger os direitos reprodutivos e familiares da comunidade LGBTQ+.

9 - As mães precisam estar geneticamente relacionadas com a criança

Isso não é verdade. Uma das mães pode ser geneticamente relacionada à criança, enquanto a outra pode ser a mãe social ou legal.

10 - É necessário um doador de esperma anônimo

Algumas famílias optam por um doador conhecido. O Conselho Federal de Medicina autoriza a utilização de gametas doados por familiares em até 4o grau, desde que não incorra consanguinidade (ou seja, o embrião resultante deve ser formado a partir do óvulo da mulher que não tem parentesco com o doador). A escolha depende das preferências do casal.

É importante desmistificar esses conceitos errôneos para promover a compreensão e a aceitação das diversas formas de famílias que existem na sociedade, incluindo as famílias formadas por casais do mesmo gênero ou sexo que optam pela fertilização assistida.

Conclusão

Em conclusão, a jornada da dupla maternidade é uma expressão da diversidade das famílias e uma demonstração de que o amor e o desejo de criar uma família não têm fronteiras de gênero ou orientação sexual. No entanto, essa experiência pode ser obscurecida por mitos e equívocos persistentes que cercam a fertilização e a parentalidade entre casais de mulheres. É crucial desafiar esses mitos e estereótipos, reconhecendo que a dupla maternidade é tão natural e significativa quanto qualquer outra forma de parentalidade.

À medida que a sociedade evolui e se torna mais inclusiva, é fundamental abraçar a diversidade de famílias e promover um entendimento completo das experiências daquelas que escolhem a jornada da dupla maternidade.

Se você está no processo de desejar embarcar nessa jornada da maternidade homoafetiva, não hesite em entrar em contato e agendar uma consulta com o Dr. Sergio Gonçalves, especialista em reprodução humana para casais homoafetivos.

Dr. Sergio Gonçalves
Vamos começar a sua jornada da fertilidade?