Casamento LGBT: Como Superar os Desafios para Ter Filhos?
Saiba quais são os desafios e como superar as barreiras da parentalidade homoafetiva!
O casamento entre casais do mesmo gênero, que é uma das modalidades de casamento LGBT, representa um marco significativo na luta pelos direitos civis e igualdade. No Brasil, a legalização desse tipo de união ocorreu há pouquíssimo tempo. Entretanto, essa conquista trouxe consigo uma série de novas perspectivas para casais LGBT, incluindo a possibilidade de construir uma família.
É nesse sentido, que se faz necessário um desdobramento acerca da temática, pois ainda que seja um sonho antigo para muitos casais LGBT, tais pessoas ainda possuem dúvidas e encontram desafios para concretizar o sonho da parentalidade, especialmente se estivermos nos referindo à parentalidade a partir das técnicas de reprodução assistida.
Neste texto, discutiremos os desafios e as opções disponíveis para casais LGBT que desejam ter filhos após o casamento. Leia e compartilhe!
Quando o casamento LGBT foi legalizado no Brasil?
O Brasil deu um passo significativo em direção à igualdade ao reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo. No entanto, o casamento civil entre casais LGBT só se tornou uma realidade legal há pouco mais de 10 anos, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) do país emitiu uma decisão histórica. O STF determinou que a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo violava os princípios da igualdade e da não discriminação consagrados na Constituição brasileira. Com essa decisão, casais LGBT ganharam o direito de oficializar sua união e, com isso, surgiram novos desafios e oportunidades, incluindo a possibilidade de construir uma família.
Casamento LGBT: Quais os desafios para ter filhos?
A decisão de ter filhos é uma escolha significativa para qualquer casal, independentemente da orientação sexual. No entanto, casais LGBT muitas vezes enfrentam desafios adicionais devido às complexidades legais e sociais que cercam a parentalidade. Infelizmente, o estigma e a discriminação ainda podem estar presentes na sociedade, tornando o sonho de ter filhos um desafio emocional para muitos casais LGBT.
Diante disso, muitas vezes por falta de profissionais qualificados e que respeitem a liberdade individual de cada pessoa, a dificuldade no acesso a tratamentos de fertilidade e técnicas de reprodução assistidas pode ser uma barreira significativa. Isso não apenas cria obstáculos para casais LGBT que desejam ter filhos, mas também destaca a importância de promover a igualdade de direitos e garantir o acesso igualitário a serviços de saúde reprodutiva, independentemente da orientação sexual, para que todos os casais tenham a oportunidade de realizar seu sonho de se tornarem pais e mães.
Veja a seguir, os principais desafios encontrados para pessoas LGBT que desejam ter filhos no casamento:
Problemas de Fertilidade em Casais LGBT:
Muitos casais LGBT podem enfrentar dificuldades para conceber naturalmente. Isso pode ser um desafio emocional e pode exigir tratamentos de fertilidade.
Desafios na Gravidez LGBT:
A gravidez em si pode ser um período desafiador, um cuidado atencioso e qualificado com a saúde da pessoa que irá gestar um bebê é necessário, mesmo antes do início da gestação.
Pressões Sociais e Estigma:
Dependendo do contexto social e em que o casal LGBT vive, eles podem enfrentar estigma ou pressões sociais relacionadas a questões como a idade em que decidiram ter filhos, o número de filhos que desejam ter ou a própria decisão de ter filhos.
Acesso a Serviços de Saúde Adequados:
Ter acesso a cuidados de saúde adequados antes e durante a gravidez é essencial para garantir uma gestação saudável. Isso pode ser um desafio em áreas com falta de uma equipe especializada no atendimento para a população LGBT.
Em resumo, a decisão de ter filhos biológicos traz uma série de desafios que variam de questões financeiras a sociais e emocionais. É importante que os casais LGBT estejam bem informados, planejem adequadamente e busquem apoio quando necessário para enfrentar esses desafios e garantir uma jornada de parentalidade saudável e gratificante.
Quais as opções para ter filhos no casamento LGBT?
Ainda que algumas barreiras estejam postas, é importante destacar que felizmente, existem várias opções para casais LGBT que desejam ter filhos através da técnicas de reprodução assistida. Essas opções incluem:
Coparentalidade
A Coparentalidade envolve a cooperação entre casais LGBT e um terceiro, que pode ser um amigo ou um parente e participa com o fornecimento de óvulos ou espermatozoides em técnicas de reprodução assistida, assumindo também a parentalidade desta criança. Importante lembrar que, no Brasil, a doação de gametas por pessoas sem parentesco só é permitida de forma anônima (banco de sêmen ou doação anônima de óvulos).
Técnicas de reprodução assistida Casais LGBT
também podem recorrer a técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial ou fertilização in vitro, para conceber um filho biológico.
Gestação por substituição
Em alguns casos, casais LGBT podem optar pela gestação por substituição, onde uma pessoa, que pode ser uma mulher cis com sua fertilidade preservada ou um homem trans que tenha optado por manter seus órgãos reprodutivos preservados, concorda em levar a gravidez e dar à luz a criança, que será legalmente dos pais do mesmo sexo ou gênero.
Casamento LGBT: O que considerar na hora de ter filhos?
Ao tomar a decisão de ter filhos, há várias considerações importantes que os casais LGBT devem levar em conta. A parentalidade pode ser uma jornada emocionalmente desafiadora e inspiradora. Encontrar um grupo de apoio ou um terapeuta que seja sensível às questões LGBT pode ser benéfico, assim como é de suma importância contar com um excelente médico especializado em técnicas de reprodução assistida, que ofereça um atendimento acolhedor, para que todo o processo possa ocorrer da forma mais humanizada, inclusiva e respeitosa possível.
Considerando a gestação através de técnicas de reprodução humana, é imprescindível que um bom plano seja elaborado, para garantir que os desafios emocionais e financeiros possam ser superados. Entre outros aspectos, é crucial que os casais LGBT tenham uma comunicação aberta e honesta ao discutir as opções de parentalidade e estabelecer expectativas claras.
E tudo isso é possível com um acompanhamento médico adequado, disposição por parte do casal e dos profissionais que acompanharão todo o processo.
É necessário conhecer a jornada da fertilidade para que o processo ocorra sempre da maneira mais informada possível.
Conclusão
O casamento LGBT trouxe consigo uma série de desafios e oportunidades relacionados à parentalidade. Com a legalização do casamento LGBT, os casais homoafetivos agora têm a oportunidade de construir famílias, seja por meio da coparentalidade, das técnicas de reprodução assistida ou da gestação por substituição. No entanto, ainda existem obstáculos emocionais e sociais a serem superados.
Para isso, é fundamental que a sociedade continue avançando em direção à aceitação e igualdade para todos os casais, independentemente da orientação sexual. A decisão de ter filhos é uma escolha pessoal e significativa, e todos os casais devem ter a oportunidade de vivenciar a alegria da parentalidade sem discriminação. À medida que o Brasil e o mundo continuam a evoluir em direção à igualdade, é importante oferecer suporte e orientação às famílias LGBT em sua jornada para a paternidade.
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